quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Toccata et fugue







Nada muda.
Nem as estações, nem os ciclos, ou os dias.
Tudo permanecerá igual,
Em sua novidade.
São os anos em que chove demasiado,...
ou as secas prolongadas...
Mas inda estão lá:
as estações, os ciclos, ou os dias.
E há o instante,
eterno instante!
Neste segundo de areia em ampulheta,
Grão a grão.
Onde num momento fotográfico,
mora o eterno.
Aprisionado tempo!
Que não volta mais.
Mas, à distância do olhar,
de tantas coisas estáveis,
ouço a vida cantando de novo.
E há uma orquestra, tocando cadenciada
Um ritmo existente nas coisas viventes
Pulsante ao amor do sol.