segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Os enigmas

Lacrado, meticulosamente selado
a sete chaves, não revela
de todas as leis 
que a natureza pôde conceber
miseravelmente se consegue abarcar
e falado em silêncio
em preces noturnas
sussurram em uníssono
poesias e cânticos cerúleos
nos conventos, nos mosteiros
copiosamente
os passos vazios
nos amplos corredores
que o homem de certo perdeu
em labaredas, em cinzas
em fogueira
num tempo que sequer vivemos
a contradizer pagãos.


Foto: Ruinas, Biblioteca de Alexandria.


quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Da janela

Caixotes
Acendem e apagam luzes
Entre alturas
Antenas, vidros
...retas formas...
Não vos cabe a planura dos pastos
Nem em teu ultimo andar!
Nem podes ver a amplidão das estepes
Contidos, irresolutos, nulos
Suas plantas: plástico.
Seus contornos: retos.
Valei-me!
Que mente vos projetaram?
Destas calculistas, analistas?
Não vejo teu sentimento
Nem nas cores de tuas mulheres.

...vem vê que a lua já é plena
E da janela da mente que abres
Ela ainda vos clareia.